(O que rezará a história sobre o dia de inauguração do nosso GypsY JaZZ)
A amiga M.L. telefonou desesperada à amiga Alice in Wonderland, porque a nossa amiga L. desapareceu. Na verdade, o mais preocupante é o facto de que a nossa amiga L. tem vindo a ser constantemente ameaçada por uma tal Rosa (nome verdadeiro). De morte. (Ou rapto?!) Morte! Anda para aí na casa dos 30 anos, de aspecto “à-la-macho-mucho-macho-nada-chica”, penugem supra labial inclusive. A tal Rosa, não a L.
Enfim, a tal “nome-de-flor-que-não-cheira-a-flor-cheira-a-caca-de-galinha” trabalha numa herdade com a L., onde se criam galinhas. Mas quem cheira a caca é a Rosa, não a L. A Rosa tem namorado e tem um caso com o Engenheiro “manda-chuva-dos-galináceos”. Quanto à L., não deve querer que eu fale da sua vida pessoal, mas também não tem caso com o Engenheiro. A Rosa acha que ela tem. (Morte!) A Rosa é grande e larga e mete medo. Nunca a vi mas demonstra “ter mesmo o ar de pessoas que cometem crimes passionais” – citando palavras de quem não deseja ser citada. (Não me parece que a L. entre em muito diálogo com a Rosa, excepto a conversa da caca, literalmente.)
A L. vive numa das casas da herdade, no meio dos pinheiros, nada à volta. Nunca lá fui mas ouvi dizer. Ainda não era de noite quando a M.L. telefonou à Alice in Wonderland e ninguém sabia da L. que vive muito longe de todos nós, entre pinheiros. Os pais da L. estão no estrangeiro. (Não é que se estivessem na Madeira pudessem ajudar mais; acontece que estão no estrangeiro). Ninguém tem o número do irmão da L. que está no Porto Santo. E o telemóvel da L. sempre desligado durante um dia.
Já era noite quando o Bluegrape soube da história e simplesmente achou que a L. tinha ido para o meio dos pinheiros. Acho que a M.L. tinha medo que a Rosa tivesse ido com ela. Atrás da L., não atrás do Engenheiro, desta vez. Alice in Wonderland continuou a telefonar e nada. Achei que o melhor era enviar um sms e quando surgisse relatório de entrega: Zás: apareceu a L.! Mas tivemos que esperar. Esperámos sem dar pelo o tempo a passar. Além do mais, ainda não tinham passado 48 horas e a L. é um adulto.
(Até que… estava o blog prontinho a estrear quando…)
“- Tou? Então, rapariga?”
“- Oi “Alice in Wonderland”! Bem, as chamadas perdidas foram inúmeras, nan me deram sossego, tu e a M.L. Só pa dizer que tá tudo bem, nan há problema, nan te preocupes. Bjocas”
(A L. nasceu em Lisboa, viveu no Porto Santo, na Madeira, os anos do curso em Évora. Mas diz “nan é isso”, ou seja, fala alentejano.)
Há que concluir: “Nan se passou nada”. Alice in Wonderland explicou-nos que ela tinha passado o dia a… a… a… descarregar galinhas!
No campo é que se está tão bem! Respira-se, pá!
P.S.– Hoje todos os caminhos levam ao Bairro, certo?
2 comentários:
Acho que quando a L. fizer anos lhe vou oferecer uma coisa destas
Fazemos uma vaquinha entre nós.
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