Santo António a metrópole madeirense e outras estórias…

Ainda sobre a minha estadia na Madeira…

Como os colaboradores deste blog sabem e muito bem a noite madeirense só funciona quando a “malta jovem” que trabalha e estuda no continente está por lá, senão é querer apanhar uns copos e dançar e deparar-se com os bares e discotecas fechados ou então às moscas.

E foi assim que numa dessas noites mais paradas lá fomos… Éramos três rapazes e duas raparigas, sexta-feira, tudo parado. Lá me explicaram que à sexta o pessoal está cansado da semana e prefere sair ao sábado, fraca desculpa mas tudo bem.

Começámos a nossa noite no Sporting, bebida barata atrai sempre gente, não era o caso. Jogámos às cartas, rimos um bocado e mudámos de sítio. Chegámos ao Teatro era já perto das duas. Ainda lá estavam as mesas, ainda serviam cafés, tudo sentadinho na sua cadeira… E é assim que tendo percebido que a noite não passaria daquilo, desistimos dos copos e dança e envolvemo-nos numa conversa estapafúrdia, que incluiu o Reino Animal e profissões estranhas no Jardim Zoológico.

Nisto a rapariga que estava connosco, que agora não me recordo do nome, começa a explicar-nos que não é madeirense, mas que gosta muito da madeira, a conversa do costume. Pelo sotaque percebemos que é do Norte resta saber de onde, é de Amarante. Pelo que conta, é terra pequena e pacata. E por ser a isso que está habituada, custou-lhe muito acostumar-se a viver em Santo António, razão pela qual recentemente mudou-se para a Ribeira Brava. Ora como sabem Santo António é uma loucura, é carros, transito, uma verdadeira metrópole.

E dito isto lá fomos comer o hamburger da praxe, na roulote junto à rotunda onde está agora um Sá Carneiro com os olhos esborratados de vermelho, e eram três da manhã já me encontrava na minha caminha a dormir.

Acho, não tenho a certeza, mas nessa noite sonhei com o Luís Filipe esse grande artista madeirense a cantar:

Noites da Madeira belas…
De magia e encanto sedutor…